A TV Globo apresentou, no início de outubro deste ano, a sua nova programação esportiva para 2026. E, pela primeira vez, teremos uma divisão simbólica e significativa no futebol exibido em TV aberta.
A partir do ano que vem, o futebol feminino ocupará um espaço fixo nas tardes de sábado, enquanto o futebol masculino seguirá com os tradicionais jogos de domingo. Uma mudança simples, mas que carrega um forte valor simbólico: o de dar ao futebol das mulheres o destaque que há muito tempo ele merece.
Além do retorno da Fórmula 1 e da cobertura da Copa do Mundo Masculina da FIFA, a emissora mais tradicional do país mostra que entendeu o momento. O crescimento do futebol feminino é irreversível – e ter a Globo como vitrine significa mais visibilidade, mais audiência e, principalmente, mais respeito.
É justo reconhecer que a CazéTV, nascida no YouTube, foi uma das grandes responsáveis por abrir esse caminho. Ela transmitiu jogos importantes do futebol feminino e mostrou que há público – e muito engajamento – quando o conteúdo é tratado com seriedade.
Hoje, canais por assinatura como Sportv e ESPN também seguem o mesmo caminho, ajudando a consolidar o espaço das mulheres no esporte mais popular do planeta.
Com a Copa do Mundo Feminina de 2027, que será realizada no Brasil, o movimento tende a se fortalecer ainda mais. A Globo promete investir não apenas na compra dos direitos de transmissão, mas também na produção de conteúdo próprio, voltado à formação de público e ao fortalecimento da modalidade.
É uma mudança que vai muito além da grade de programação: é um passo importante na construção de uma nova cultura esportiva, onde o futebol feminino finalmente deixa de ser um evento ocasional para se tornar um espaço permanente na TV e no coração do torcedor brasileiro.