A festa do Panamericano Sub 17 em Niterói se completou neste domingo com as lutas de beach wrestling em que os brasileiros somaram sete medalhas – 1 ouro, 3 pratas e 3 bronzes. No tapete olímpico, a seleção brasileira confirmou que está entre as potências das Américas e fez uma campanha brilhante com nove medalhas conquistadas – 1 ouro, 1 prata e 7 bronzes.
O evento foi organizado pela United World Wrestling (UWW) e Confederação Brasileira de Wrestling (CBW), em parceria com a Prefeitura Municipal de Niterói e transmitido ao vivo pelo Comitê Olímpico Brasileiro (COB) em seu canal Time Brasil no YouTube. Participaram mais de 350 wrestlers de 16 países: o anfitrião Brasil, Chile, El Salvador, Venezuela, Honduras, Guatemala, Equador, Argentina, República Dominicana, Porto Rico, Estados Unidos, Canadá, Colômbia, Peru, Panamá e México.
Nas disputas por medalha travadas nas areias da Praia de Icaraí, a seleção brasileira marcou presença no pódio com o ouro de Allan Beserra na categoria 90 kg, as pratas de Marcus Eduardo de Souza na 70 kg, Luanny de Souza (55 kg) e Ana Lara da Cruz (75 kg) e os bronzes de Sarah Martins (45 kg), Yasmim Neper (65 kg) e Mayara Neper (75 kg).
No cômputo por equipes de wrestling, os brasileiros surpreenderam com a segunda colocação (146 pontos) no estilo greco-romano, atrás apenas dos Estados Unidos (230 pontos). O cuiabano Raphael Higor Duarte, atleta do Instituto Manduvi (MT), faturou o ouro na categoria 110 kg. A prata da categoria 55 kg ficou com o amazonense Lavozier Wandick, que é radicado no Rio de Janeiro, onde treina no Niterói Wrestling. Os resultados classificaram esses dois atletas para o Mundial Sub 17 que será realizado em julho, na cidade de Atenas, na Grécia.
Mais quatro atletas brasileiros ergueram o bronze neste estilo: Pedro Henrique Santos Sousa (48 kg – Clube Campestre – Paraíba), Maycon Douglas Oliveira (51 kg – Niterói Wrestling – Rio de Janeiro), Miguel Xavier dos Santos (80 kg – Niterói Wrestling – Rio de Janeiro) e João Marcos Oliveira (92 kg – Instituto Manduvi – Mato Grosso).
Perante adversários duros de países como Porto Rico, México, Canadá, Estados Unidos, Equador e Peru, a equipe brasileira de greco-romano mostrou potencial mesmo quando não chegou ao pódio. A exemplo das quartas colocações de Luiz Henrique Pereira (60 kg – Fênix Wrestling – Rio de Janeiro), Victor dos Santos (65 kg – Angelus Team – Amapá) e Fernando Bencke Dias (71 kg – Academia Sapo Jiu Jitsu – Paraná) (PR).
No estilo livre, o time verde-amarelo chegou perto, mas não trouxe medalhas no masculino. Já o feminino somou três bronzes, dois deles com as irmãs gêmeas Yasmim e Mayara Neper, que treinam no Ades Equilibrium, de Santos (SP). Elas competiram respectivamente nas categorias 57 kg e 69 kg e eliminaram oponentes do Panamá e México no confronto final pela medalha. O outro bronze foi garantido por Beatriz Camargo, atleta do Esporte Dez, de São José dos Campos (SP). Na categoria 65 kg, ela bateu da mexicana Sylvia Muniz na disputa por medalha.
“Nosso desempenho está de parabéns tanto no competitivo, quanto no organizacional. Conseguimos entregar um evento à altura do padrão internacional da UWW. As delegações puderam mostrar bem seu trabalho e aprimorar seus atletas. A seleção brasileira sai com a certeza de que os investimentos estão trazendo bons frutos e agora é seguir treinando forte para os próximos compromissos. O balanço foi positivo porque classificamos pelo menos dois atletas (Raphael Higor e Lavozier Wandick) para o Mundial da Grécia em julho. Por equipes, ficamos na segunda posição no greco-romano, na quinta no livre feminino e na oitava no livre masculino”, avalia Flavio Cabral, presidente da CBW.