Dívida bilionária pressiona clubes do futebol brasileiro

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Os 20 maiores clubes do futebol brasileiro fecharam 2024 em um cenário paradoxal: mesmo batendo o recorde de arrecadação, com R$ 10,9 bilhões — alta de 22% sobre o ano anterior —, terminaram o ano no vermelho, acumulando um prejuízo inédito superior a R$ 1 bilhão. O resultado contrasta com o superávit de R$ 1,1 bilhão registrado em 2023 e revela uma crise financeira agravada.

Grandes nomes estão entre os principais responsáveis pelo rombo, como São Paulo (déficit de R$ 287 milhões), Bahia (R$ 246 milhões) e Corinthians (R$ 181 milhões). Apenas seis clubes fecharam suas contas no azul, com destaque para o Palmeiras, que obteve superávit de R$ 198 milhões. O aumento expressivo de custos — salários e direitos de imagem saltaram para R$ 8,7 bilhões — contribuiu fortemente para a deterioração das finanças dos clubes.

Além disso, mesmo com receitas expressivas em vendas de jogadores (R$ 2,9 bilhões) e marketing (R$ 1,9 bilhão), a dívida líquida total somou R$ 12 bilhões, a segunda maior da história. Diante desse quadro, o modelo de clube-empresa (SAF) deixou de ser visto apenas como sinal de modernização e passou a ser considerado questão de sobrevivência: oito dos 20 times da Série A já adotaram a estrutura societária.

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