Neste sábado (29) é comemorado o Dia Mundial da Dança. A data é uma oportunidade de valorizar a diversidade cultural e artística, como uma forma de expressão presente em todas as culturas do mundo.
Além disso, busca promover a inclusão e a acessibilidade, garantindo que todos possam desfrutar dos benefícios, independentemente de idade, gênero, habilidade física ou condição social.
A atividade é tendência entre os brasileiros e é “febre” nas academias pelos diferentes estilos musicais e ritmos. Na Bodytech Tirol, em Natal, esse exercício faz parte do dia a dia de centenas de alunos, com instrutores nas mais diversas modalidades, como Dança Mix, Ballet Clássico e Dança Mix Retrô.
Mesmo a dança presente em inúmeras modalidades, os especialistas são uníssonos quanto aos benefícios: uma atividade física completa, que trabalha diversos grupos musculares e melhora a flexibilidade, o equilíbrio e a coordenação motora.
Além disso, estudos revelam que dançar regularmente pode ajudar a reduzir o risco de doenças cardiovasculares, fortalecer o sistema imunológico e melhorar a qualidade do sono.
“Dançar vai muito além do gasto calórico. É uma verdadeira terapia, como as minhas próprias alunas relatam”, comenta o instrutor Bruno Rafael, que há quase 10 anos dá aulas para uma mesma turma na Bodytech Tirol.
Autoestima
Há quem também diga que quando o indivíduo se envolve com a dança, a elevação da autoestima e melhora da sensação de bem-estar são quase que imediatas.
“A dança é especial, pois ela melhora o sistema cardiovascular, o fluxo sanguíneo, favorece a respiração correta e ajuda nas defesas do corpo. Também melhora a postura, a memória, a coordenação motora e o equilíbrio”, aponta a professora de Ballet Clássico Jéssica Souza.
Envolvidos pelos ritmos e pelas diferentes possibilidades musicais, os “dançarinos” liberam hormônios da felicidade, do bem-estar e do prazer: endorfina, ocitocina, dopamina e serotonina.
Saúde mental
Nessa perspectiva, a atividade também pode ser uma poderosa ferramenta para o bem-estar emocional e mental, reduzindo o estresse e a ansiedade, aumentando a autoestima e promovendo a inclusão, socialização e conexão com o próximo, explica a psicóloga Cida França, professora doutora do curso de Psicologia da Universidade Potiguar (UnP).
“Dançar alivia os sintomas da ansiedade, proporcionando bem-estar. Há um estudo recente do Centro Universitário de Brasília, que aborda exatamente a dança como estratégia de cuidado e saúde mental sobre uma perspectiva psicanalítica. É um estudo bem interessante que comprova que a dança foi essencial para a saúde mental das pessoas entrevistadas”, pontua a especialista.