A prática regular de exercícios pode ajudar a prevenir doenças cardíacas, além de reduzir a pressão arterial e aumentar os níveis de HDL (colesterol bom), diminuindo os níveis de LDL (colesterol ruim). O combo atividade física regular e alimentação saudável, crucial para todas as faixas etárias, revela-se uma das maneiras de evitar problemas de saúde ao longo da vida. É por isso que o médico André Barbosa, especialista em cirurgia do aparelho digestivo, ressalta a importância dos halteres no tratamento da obesidade: “por vezes, é necessário aconselhar pacientes a substituir a mesa de cirurgia pela academia”.
Médico especialista em cirurgia bariátrica e cirurgias videolaparoscópicas no combate à obesidade e problemas digestivos, André sabe bem dos benefícios da atividade física e os traz para a sua própria rotina, na qual está inclusa a prática diária de exercícios físicos na academia Bodytech Tirol, em Natal. Ele conta que a prática regular de exercícios físicos se constitui um dos pilares da manutenção da saúde e frisa para os pacientes que a obesidade é uma doença provocada por diversos fatores. Por isso, mostra-se necessário que vários profissionais atuem em conjunto para o tratamento ser bem sucedido.
“As chances de bons resultados serão mais elevadas se o trabalho do cirurgião tiver o suporte dos profissionais de educação física, endocrinologistas, nutricionistas, psicólogos e fonoaudiólogos”, elenca o médico.
Bariátrica
De acordo com André, muitos pacientes o procuram a fim de submeter-se à cirurgia bariátrica, a qual reside numa operação em que o estômago é modificado, com ou sem uma mudança do intestino em associação, com o objetivo de controlar a obesidade, em associação a outras medidas, como a prática de atividades físicas.
Porém, nem sempre este procedimento é indicado. Ele só deve ser realizado após a análise do peso em relação à altura do paciente, pelo cálculo do índice de massa corporal (IMC = Peso/altura elevada ao quadrado). “A cirurgia tem sido indicada para aqueles que apresentam IMC acima de 40 Kg/m2. Já para os que apresentam acima de 35 Kg/m2, a indicação surge quando existem comorbidades associadas à obesidade, como hipertensão, diabetes, gordura no fígado, síndrome dos ovários policísticos, entre outros problemas de saúde”.
“Se uma pessoa é portadora de obesidade, sobretudo dentro dos critérios citados, e está há mais de 2 anos em acompanhamento multiprofissional regular (nutricionista, educador físico, endocrinologista e outros), a cirurgia deve ser incluída no tratamento”, continua.
Pós-operatório
O resultado esperado do procedimento é o emagrecimento efetivo e sustentado em longo prazo, “o que dificilmente ocorre na maioria das terapias não-cirúrgicas para a obesidade”, enfatiza André. No processo de emagrecimento, ao seguir as recomendações dos profissionais que acompanham o paciente, espera-se que seja mantido um bom estado nutricional, com níveis adequados de vitaminas e minerais, assim como preservação da massa muscular no corpo.
Para isso, a atividade física se revela uma grande aliada dos pacientes de bariátrica. “Caso seja indicado, o procedimento funcionará melhor se o paciente adotar o hábito de praticar atividades físicas regularmente. Há pacientes portadores de obesidade que obtêm resultados satisfatórios com mudança de estilo de vida associada a orientações profissionais”, justifica o especialista em cirurgia do aparelho digestivo.
Ele destaca ainda que a atividade física regular é um dos pilares de qualquer terapia com o foco no emagrecimento, seja ela cirúrgica ou não. Nesse contexto, há pacientes portadores de obesidade que podem chegar a bons resultados com a mudança de estilo de vida associada a orientações profissionais. Em caso de indicação cirúrgica, o paciente precisa adotar o hábito de praticar atividades físicas regularmente, sobretudo para ganho e trabalho da musculatura”, conclui.