Major League Soccer cresce e empolga americano

FOTO: Reprodução | mktesportivo.com

A Major League Soccer (MLS) – liga de futebol profissional dos EUA – teve um rápido crescimento financeiro e de torcedores desde as últimas negociações contratuais. A liga saiu de 16 clubes em 2010 para 29 na temporada que irá começar.

Segundo a Forbes, desde 2019, o valor médio das equipe saltou 85%, para US$ 579 milhões (aproximadamente R$ 3 bilhões).

No início deste mês, o Los Angeles Football Club se tornou o primeiro time da MLS a bater a casa de US$ 1 bilhão ao ser avaliado. Em 2008, este número estava em US$ 37 milhões.

A presença nos estádios também foi destaque. A liga teve um recorde de 10 milhões de torcedores em 2022, quebrando com folga a marca anterior registrada em 2019 (8.6 milhões).

A liga também atraiu um grupo diversificado de novos investidores: David Beckham; o astro do basquete James Harden; os atores, Matthew McConaughey, Will Ferrell e Reese Witherspoon; os músicos Ciara e Macklemore; as estrelas da NFL, Russell Wilson e Patrick Mahomes.

Inovadora e digital, a MLS está sempre preocupada em impactar o torcedor mais conectado. Por lá, há expansão de franquias, constante modernização de escudos e identidades, além de celebrações pontuais como parte de sua cultura.

Aproveitar as inúmeras oportunidades em torno do ecossistema da Apple, seja em devices, tecnologia e penetração de mercado, ratifica a visão da MLS do esporte como plataforma de negócio.

E no anúncio da parceria feito no ano passado, a presença da palavra ‘everywhere’, indicando que será uma preocupação das partes marcar presença em diversos pontos de contato.

O comissário da liga, Don Garber, disse que espera que a nova parceria ajude a MLS a continuar a se conectar com um grupo demográfico mais jovem. Esse acordo fechado por dez anos renderá um total de US$ 2.5 bilhões (ou US$ 250 milhões anuais).

Com os jogos presentes apenas no Apple Tv, o alcance total tende a ser menor e a liga precisará trabalhar muito para atingir o maior número possível de espectadores. Além disso, a MLS será responsável por arcar com todos os custos de produção associados às partidas.

Embora a liga tenha acordos complementares de TV com Fox, Univision, TSN e RDS, focar no streaming é uma estratégia ousada, algo que nenhuma grande liga esportiva norte-americana havia realizado até aqui.

A proximidade do início da temporada fez a Apple levar o seu serviço de streaming da liga para a Time Square, o que mostra o poder de promoção que ao menos esta aliança terá.

Adidas, Audi e Soccer

A Adidas tem uma estreita relação com o futebol dos EUA. Estão juntos desde 1996 e, nesta semana, acordo renovado para até 2030.

O mesmo acontece com a Audi, que desembarcou na liga em 2015 e também renovou para 2023. O foco da montadora está nas categorias de base, com diversas iniciativas para jovens jogadores e investimentos para que tenham sucesso nesta trajetória.

Copa do Mundo 2026

Como todos já sabem, em 2026 o Mundial da FIFA vai desembarcar nos EUA, Canadá e México. Além disso, haverá aumento no número de seleções: serão 48 países. Esta será a primeira vez que a Copa vai contar com três sedes e o maior número de equipes da história.

Os Estados Unidos se destacam em número de estádios: Seattle, São Francisco, Los Angeles, Kansas City, Dallas, Atlanta, Houston, Boston, Filadélfia, Miami, Nova York. Isso abre espaço para o forte interesse comercial neste novo ciclo de negociações da MLS.

“Olhando para a Copa do Mundo de 2026, vemos muitas possibilidades de construir sobre a base sólida e o impulso positivo que já criamos juntos com a MLS. O futuro da liga é brilhante e estamos orgulhosos de fazer parte disso.”
Rupert Campbell, presidente da Adidas para a América do Norte

No Catar, a MLS enviou 36 jogadores, a sexta maior entre as ligas do planeta. Quando a Argentina conquistou o título, Thiago Almada, do Atlanta United, se tornou o primeiro jogador em atividade da MLS a vencer o Mundial nos 27 anos de história da liga.

“Não faltarão oportunidades, sejam de desenvolvimento de torcedores ou mesmo comerciais para que todos no ecossistema do futebol norte-americano possam agregar valor. Estamos focados em capturar o máximo de oportunidades possível e temos muito trabalho a fazer”, disse Don Garber, comissário da MLS.

FONTE: mktesportivo.com

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