A fragmentação das transmissões esportivas no Brasil vem redefinindo disputas por audiência e estratégias para o mercado publicitário. Se antes a TV aberta dominava o cenário, concentrando os olhares e a mensuração dos dados de audiência nos tradicionais pontos do Ibope, o ambiente atual é muito mais pulverizado e complexo.
Plataformas de streaming, como Prime Video, YouTube, Paramount+ e outras emissoras por assinatura, hoje dividem o público das grandes competições, como Brasileirão e Copa do Brasil. Essa multiplicidade de canais, além de diluir a audiência, dificulta a comparação direta entre dados, antes centralizados e, agora, fragmentados entre diferentes métricas e empresas de medição.
A nova realidade impulsionou debates e dilemas no setor de mídia e publicidade, que precisa adaptar suas estratégias a públicos mais dispersos e com hábitos de consumo variados. Marcas e anunciantes tradicionais buscam maneiras eficazes de medir retornos e planejar investimentos diante da mudança na forma de consumir conteúdo esportivo.
Com a pulverização, patrocinadores ampliaram sua presença em múltiplos canais. Empresas como Amstel, Heineken, Hypera, McDonald’s, iFood, PagBank, Stellantis, Unilever, Airbnb, Alfa Bet e Chevrolet passaram a marcar presença em diferentes plataformas, buscando manter o alcance e a relevância junto aos torcedores.
O acesso facilitado ao conteúdo esportivo criou novas possibilidades e audiências, mas também tornou o cenário mais competitivo para emissoras e anunciantes. Ao mesmo tempo, o público ganha mais opções para acompanhar seus times favoritos, seja na TV tradicional ou em serviços on demand.
O resultado é uma verdadeira disputa de narrativas sobre audiência: cada plataforma busca ressaltar seus números e relevância, enquanto marcas e agências buscam entender qual combinação entrega mais visibilidade e engajamento diante de tantas alternativas.
*Com informações da Meio&Mensagem