Começa nesta sexta-feira (22) e segue até domingo (24) o 13º Campeonato Pan-Americano de Wushu, arte marcial chinesa popularmente conhecida como kung fu.
A competição, realizada pela terceira vez no Brasil, será no ginásio da Associação Atlética do Banco do Brasil (AABB), em Brasília, nas categorias infantil, infantojuvenil, juvenil e adulto. Os atletas têm idade entre 6 e 40 anos.
De acordo com a Confederação Brasileira de Kungfu Wushu (CBKW), a capital federal é uma “referência para eventos nacionais e internacionais de wushu”, motivo pelo qual foi escolhida por unanimidade pelas autoridades do desporto, segundo o secretário-geral da entidade, Marcus Vinicius Fernandes.
Brasília sediou, em 2018, o Campeonato Mundial Júnior de Wushu, algo até então inédito nas Américas. Devido ao sucesso do evento, foi decidido, no mesmo ano, que a cidade sediaria a atual edição dos jogos – a primeira competição internacional presencial desta modalidade no continente, desde o início da pandemia, em 2020.
Uma novidade no Pan-Americano de Brasília será a categoria de adaptados. Esse incentivo à pratica esportiva de forma diversa e inclusiva já foi adotado em algumas competições nacionais. “Teremos a participação de cadeirantes, pessoas com deficiência visual, amputados e pessoas com síndrome de Down. No Brasil, a categoria já faz parte dos campeonatos brasileiros desde 2016 e o resultado tem sido admirável”, destaca Fernandes.
O Pan-Americano servirá também de preparação e avaliação dos atletas para o Mundial Júnior, marcado para dezembro, na Indonésia. “Será uma oportunidade para as equipes nacionais avaliarem a performance dos atletas e já irem selecionando as equipes”, acrescentou o secretário da CBKW.
Praticantes e modalidades
Segundo a confederação, há no Brasil cerca de 220 mil praticantes de wushu. Destes, 15 mil são filiados a federações estaduais. “Potência nas Américas, o país vem ocupando um lugar de cada vez mais destaque no cenário internacional: nas últimas quatro edições do Campeonato Mundial, conquistou dez medalhas”, informa a CBKW.
A competição é disputada em duas modalidades: sanda e taolu. A primeira abrange lutas marcadas por “combates de contato total, fluidos e emocionantes”, de três rounds de dois minutos cada.
Já o taolu (conhecido no Brasil como rotina) compreende “um conjunto de técnicas predeterminadas, coreografadas de acordo com princípios e filosofias para incorporar ataques e defesas características de um estilo de kung fu”.