Exercício físico combate ansiedade. Atletas sofrem!

FOTO: Ilustração por Inteligência Artificial

A prática regular de atividade física é amplamente reconhecida como uma ferramenta eficaz para melhorar a saúde mental. Estudos demonstram que o exercício pode reduzir os níveis de ansiedade e depressão, além de promover a autoestima e uma imagem corporal positiva. Também tem efeitos benéficos na saúde do cérebro, contribuindo para uma mente mais saudável e equilibrada.

Entretanto, enquanto a atividade física traz inúmeros benefícios para a população geral, a realidade pode ser diferente para atletas de elite. Devido à pressão constante por resultados, à exigência física e à necessidade de estar sempre no auge da performance, esses esportistas apresentam um risco mais elevado de desenvolver distúrbios mentais, como depressão, ansiedade e transtornos alimentares.

Uma pesquisa publicada na British Journal of Sports Medicine aponta que aproximadamente 34% dos atletas de elite enfrentam sintomas de ansiedade e depressão em algum momento de suas carreiras, uma taxa consideravelmente superior à média da população. Esse cenário é agravado pela cultura de “superação a qualquer custo” e pela falta de atenção à saúde mental nos ambientes esportivos de alta performance.

Segundo a Associação Americana de Psicologia, os transtornos alimentares também são frequentes nesse grupo, especialmente entre esportistas de modalidades que exigem controle rigoroso do peso, como ginástica e lutas. Essas condições, quando não tratadas, podem afetar tanto a saúde física quanto a performance.

O professor de psicologia esportiva Robert Weinberg, da Universidade de Miami, explica que “a saúde mental de atletas de elite é frequentemente negligenciada porque a atenção é focada no desenvolvimento físico e técnico, e não no bem-estar emocional.”

Assim, enquanto a atividade física é recomendada para melhorar a saúde mental, o ambiente esportivo de alta competição apresenta desafios específicos que exigem maior atenção e suporte psicológico. Cada vez mais, profissionais de saúde esportiva vêm defendendo a inclusão de programas de apoio psicológico como parte da rotina de treinamentos, reconhecendo que a mente saudável é tão importante quanto o corpo em competições de alto nível.

 

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