Final do basquete e polêmica com árbitro brasileiro

FOTO: Reprodução

Por Kolberg Luna*

O dream team de basquete masculino americano ganhou fama no ano de 1992, nos jogos de Barcelona, uma vez que tinha Michael Jordan, Magic Johnson, Scottie Pipen, Pat Ewing e outros.

Mas, na verdade, sempre os americanos tiveram time dos sonhos em Olimpíadas e, até os jogos de Munique/1972, ganharam medalhas de ouro em todas as sete edições anteriores.

Na Alemanha, perderam a hegemonia da modalidade para a União Soviética numa decisão polêmica e, no centro de tudo, um brasileiro: o árbitro Renato Righetto.

Os americanos perdiam por 49 x 48 faltando seis segundos para o fim do jogo. Doug Collins seguia para a bandeja quando foi interceptado com falta.

Com a conversão dos dois lances livres, os americanos viraram o jogo e restavam três segundos para término da partida.

No recomeço do jogo, o placar acusa restar apenas um segundo. Porém, o treinador soviético Vladimir Kondrashin gesticulava desesperadamente em direção ao árbitro brasileiro e ao cronometrista.

Um intérprete explicou que o treinador alegava que pedira tempo logo após o segundo lance livre de Collins e a mesa não paralisou o jogo.

Após muita discussão, o árbitro brasileiro e o cronometrista decidiram que o jogo seguiria com o tempo que restava, ou seja, a um segundo do encerramento.

Foi nessa hora que surgiu das arquibancadas o inglês William Jones, presidente da Federação Internacional de Basquete, e ordenou que o cronômetro voltasse três segundos.

Os dois segundos a mais foram o suficiente para que a lenda, Sasha Belov, virasse o jogo, desta vez para os soviéticos, terminando a decisão em 51 x 50.

Em protesto pela decisão do cartola da FIBA, o brasileiro Renato Riguetto se negou a assinar a súmula e, com isso, a partida nunca teve um fim oficial.

As medalhas de prata jamais foram aceitas pela delegação americana.

Dados de pesquisa: Brasileiros Olímpicos (Lédio Carmona), Jorge Luiz Rodrigues e Tiago Petrik)

*Servidor público, Bacharel em Direito, jornalista e escritor, Kolberg Luna empresta seu vasto conhecimento sobre pesquisa, história e curiosidades do esporte, como colaborador do BE.

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