Por Kolberg Luna*
Na Olimpíada de 1920, portanto, há 104 anos, o Brasil levou um selecionado de jogadores de polo aquático para participar dos jogos na Bélgica. O time era representado pela elite de nadadores cariocas, tendo o Jornal do Brasil, à época, considerado que não era temeridade ou exagero afirmar que dificilmente seria batido.
Ocorre que, ufanismo à parte, nossa primeira partida internacional somente foi jogada a caminho da Olimpíada, quando o navio que levava a delegação atracou na Ilha da Madeira e, contra um time local, o Brasil venceu por 12 a 0.
Em Lisboa, uma nova partida amistosa e o placar se repetiu em favor do grupo verde-amarelo. Já na Bélgica, 5 a 1 contra uma equipe da casa e 3 a 2 contra a Grécia, antes da estreia.
A competição foi iniciada contra a França, em uma piscina a três graus, que os irreverentes brasileiros chamaram de “geladeira”. A partida terminou empatada no tempo normal, e pelo regulamento, teve uma prorrogação para definir o vencedor. Mesmo com os jogadores exaustos e num frio que nunca antes tinham sentido, foram heróis e venceram por 5×1.
No dia seguinte, com os jogadores esgotados, a equipe brasileira sucumbiu diante da Suécia por 7×3, indo por água abaixo as pretensões do ‘water polo’ nacional naqueles jogos.
Dados da pesquisa: Brasileiros Olímpicos (Lédio Carmona, Jorge Luiz Rodrigues e Tiago Petrik)
*Servidor público, Bacharel em Direito, jornalista e escritor, Kolberg Luna empresta seu vasto conhecimento sobre pesquisa, história e curiosidades do esporte, como colaborador do BE.