Há pouco menos de um mês, o tradicional clube do América do México decidiu fazer um movimento que grandes clubes europeus iniciaram há algumas décadas, como o caso do Manchester United, de ingressar na Bolsa de Valores.
Com o entusiasmo que tomou conta dos torcedores, as ações — que valiam 1,50 pesos (R$ 3,40) — terminaram o primeiro dia com um aumento de 160% no seu valor, sendo cotadas em 29,98 pesos (R$ 8,86).
O objetivo da operação é trazer recursos para financiar a reforma de 150 milhões de dólares do estádio Azteca, palco das finais de Copas do Mundo de 1970 e 1986 e que sediará a abertura do próximo Mundial, em 2026, além de saldar dívidas do clube.
No continente sul-americano, três equipes chilenas também seguem o mesmo caminho que o clube mexicano, caso do Colo-Colo, Universidad Católica e Universidad de Chile.
Além das performances dentro de campo, outro fator que gera importante influência neste cenário são as transferências de jogadores. Em 2018, a Juventus viu suas ações saltarem 50% na Bolsa de Valores de Milão após a compra do astro Cristiano Ronaldo.
Outros times que são listados: Benfica, Porto, Sporting, Ajax, Roma, Lazio, Borússia Dortmund e Celtic.
Até o momento, nenhum clube brasileiro tem ações na B3 (a nossa Bolsa de Valores, em São Paulo).
Agora, veja alguns prós e contras da abertura de capital por parte dos clubes do nosso país…
Vantagens: Altas chances de captação de recursos, sem depender de uma ‘única via’, como no caso das SAFs;
Desvantagens: A inconstância das ações, que podem facilmente variar de acordo com o cenário político do clube.
Em tempo: O ex-presidente do Corinthians, Duílio Monteiro Alves, cogitou no ano passado vender parte das participações da Neo Química Arena para investidores na Bolsa, mas o projeto não seguiu adiante.
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