Os Jogos Pan-americanos Santiago 2023 foram realmente históricos para o Comitê Olímpico do Brasil (COB). A maior delegação a competir fora do país mandou brasa e fulminou uma série de marcas, alcançando todas as metas estabelecidas antes do evento: conquistou um grande número de vagas para Paris 2024, superou o número total de medalhas e de ouros e se consolidou entre as três principais potências olímpicas do Continente, ficando pela segunda vez consecutiva no segundo lugar do quadro de medalhas.
“Foram 205 medalhas conquistadas, sendo 66 de ouro, 73 de prata e 66 de bronze, novos recordes tanto no total de medalhas quanto em número de ouros. Mas não olhamos apenas para as medalhas. As mulheres atletas tiveram um grande protagonismo e os jovens atletas aproveitaram a oportunidade com excelentes resultados, mostrando que o investimento que fizemos nessas áreas nos últimos anos foi bastante correto”, disse Rogério Sampaio, campeão olímpico, diretor-geral do COB e Chefe de Missão em Santiago 2023.
Em Santiago 2023, o Brasil conquistou 40 vagas olímpicas. Somando com as classificações ou índices anteriores, o país saiu do Chile com 143 classificações para os Jogos Olímpicos Paris 2024, número muito importante para atingir o objetivo de ampliar o número de atletas em relação a Tóquio 2020.
Há de se destacar também o fortalecimento do esporte feminino. Dos 66 ouros conquistados, as mulheres foram responsáveis por 33 deles (29 dos homens e quatro em disputas mistas). No total de pódios, 95 para as mulheres, 92 para os homens e 18 para as equipes mistas. Não por acaso, foram três mulheres com mais medalhas da delegação, com cinco pódios no total: Bárbara Domingos (ginástica rítmica), Stephanie Balduccini (natação) e Flávia Saraiva (ginástica artística).
A delegação no Pan contou com 20 medalhistas olímpicos, mas jovens talentos também confirmam a renovação do Esporte Olímpico brasileiro. Em 2022, o COB lançou o programa Conexão Santiago que, em parceria com as Confederações, deu suporte específico para os atletas classificados para Santiago pelo Pan Júnior de Cali. Os 33 atletas que receberam o suporte do programa conseguiram conquistar 34 medalhas. Guilherme Caribé (natação), Renan Gallina (atletismo), Maria Eduarda Alexandre (ginástica rítmica), Miguel Hidalgo (triatlo) e Evandílson Neto e Filipe Vieira (canoagem velocidade) são apenas alguns dos nomes que a torcida brasileira vai se acostumar a ouvir nos próximos anos.
“Faço aqui um destaque especial ao grande trabalho e a dedicação de todos os profissionais do COB envolvidos na Missão, sejam os que ficaram no Brasil ou os que estiveram no Chile, para dar todo o suporte à maior delegação do Brasil num evento multiesportivo fora do país. Os atletas e as comissões técnicas tiveram, como já é de praxe, tudo o que precisavam para focar apenas em dar o seu melhor à disposição”, completou Rogério.
Por fim, é possível ver que a evolução do Brasil nos Jogos Pan-americanos é sustentável e deu um salto nos últimos ciclos. Em Mar del Plata 1995, o país ficou em sexto lugar, com 18 ouros. Em Winnipeg 1999 e Santo Domingo 2003, foi quarto colocado. Com os Jogos em casa, na Rio 2007, veio uma sequência de terceiras colocações (também em Guadalajara 2011 e Toronto 2015). Nos Jogos Pan-americanos de Lima 2019, o Time Brasil chegou à segunda colocação, numa disputa mais acirrada do que foi em Santiago 2003.
“O COB, as Confederações Olímpicas e Pan-americanas vêm buscando o aprimoramento de suas entregas, evoluindo em seus trabalhos. E esse somatório de esforços fez com que a gente chegasse a esse ótimo resultado em Santiago 2023. Comprovamos mais uma vez o crescimento do esporte olímpico nacional, ampliando ainda mais o melhor período de sua história, inspirando a juventude e trazendo a expectativa de uma grande campanha em Paris 2024. Estamos felizes com o que fizemos e ainda mais estimulados e confiantes para os próximos Jogos Olímpicos”, concluiu Paulo Wanderley, Presidente do COB.