A falta de uma política pública séria e robusta no combate ao crime e à violência desenfreada no Brasil acaba refletindo no futebol, dentro e fora de campo.
Dentro das quatro linhas, jogadores de pavil curto, que vivem de reclamar da arbitragem, de simular faltas e agredir o adversário por nada. E tem cartolas brabões e destemperados também, que não aceitam críticas.
Extra campo, são as famigeradas torcidas organizadas que dão seu “show”. Intimidações a jogadores e dirigentes são quase sempre confundidas com cobrança, brigas sem sentido nenhum contra ‘torcidas rivais’, perseguições, protestos e até violência contra jogadores, e por aí vai.
Os protestos de meia dúzia de “torcedores” do Flamengo, nesta terça-feira (29) à noite, na frente do local onde estava sendo realizado o aniversário de Gabigol, é injustificável. Querem crucificar um jogador em seu momento de lazer, privado, pela situação de um clube, que vem errando desde o início do ano?
Por que não foram protestar na frente da casa dos dirigentes do Flamengo? Esses, sim, os principais culpados dessa bagunça por que passa o clube mais rico do Brasil, por mais paradoxal que seja.
O detalhe é que o time de Gabigol está na final da Copa do Brasil. Imagine se tivesse sido eliminado pelo Grêmio, deixando escorrer pelas mãos a única possibilidade de título na temporada?
Tudo isso é problema de Estado, de segurança pública. Mas, para Brasília, parece que tudo está uma maravilha. As pessoas que poderiam resolver estão mais preocupadas com seus umbigos, suas carreiras públicas e de onde vão tirar mais e mais recursos.
Pra quê se aventar a resolver problemas tão banais, não é mesmo!? Até que alguem da família ou amigo próximo sofra com essa barbárie…
Em tempo: Apesar de todas as mazelas, desorganização fora de campo e violência de algumas de suas torcidas, na Argentina não há perseguição e protestos contra jogadores. A vida privada do profissional só diz respeito a ele.