Heinrich Epp Neto tem 67 anos e há cinco ele encontrou na corrida muito mais do que um estilo de vida, encontrou uma forma de lidar melhor com o diabetes. Heinrich foi diagnosticado há 52 anos com diabetes melitus tipo 1 (DM1).
Nessa trajetória, enfrentou a revolta por ter a doença em plena adolescência, situações difíceis, quando ficou em estado de coma por duas vezes, mas encontrou no esporte a superação.
Em 2018, incentivado por um de seus filhos, que é maratonista, Heinrich começou a correr e a participar de provas de 5 quilômetros. Em 2020, conheceu o Instituto Correndo pelo Diabetes (ICPD) e foi quando ele percebeu que podia “voar” mais alto.
Há um ano completou a sua primeira meia maratona e foi homenageado pela Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD) com a medalha para quem convive há mais de 50 anos com DM1.
“Viver 52 anos com diabetes aos olhos de hoje pode parecer tranquilo devido aos avanços no tratamento e o aumento da longevidade. Mas por ser cinquentenário de diagnóstico, considero importante lembrar que pessoas como eu passaram muitos anos com tratamentos antigos, monitorização da glicose com falhas e, mesmo assim, sobreviveram. O fato de ser atleta aos 67 anos é motivo de orgulho, tendo diabetes então me sinto quase um super-herói”, comenta Heinrich.
Ele diz que não imaginava correr 21km, mas conseguiu e hoje entende de forma mais concreta a relação das atividades físicas com o comportamento glicêmico, melhorando muito o controle da minha glicemia.
“Diabetes não é o fim do mundo, mas um novo mundo a ser explorado e descoberto. Seguindo as regras básicas de alimentação saudável, medicamentos, atividades físicas e controle emocional é possível alcançar qualquer objetivo. Foi assim que eu consegui chegar nas minhas ‘bodas de ouro’ de diabetes e com saúde para poder comemorar outras bodas que virão”, explica o atleta.
Sobre o Instituto Correndo pelo Diabetes
O Instituto Correndo pelo Diabetes (CPD) é uma organização sem fins lucrativos, que tem como objetivo promover a saúde integral e qualidade de vida das pessoas com diabetes e outras doenças crônicas não transmissíveis (DCNTs), por meio do exercício físico, inclusão e garantia de direitos.