Lucas Koo: classificado do Brasil para Gangwon 24

FOTO: Divulgação | COB

Um ano depois que Lucas Koo nasceu, o Brasil se despediu das competições de patinação velocidade em pista curta, representado por Felipe Souza.

E coube justamente ao jovem de apenas 16 anos recolocar o país no cenário mundial e garantir a participação brasileira na modalidade pela primeira vez em Jogos Olímpicos: na semana passada Lucas teve sua vaga confirmada nos Jogos de Inverno da Juventude (YOG, na sigla em inglês), Gangwon 2024.

O patinador nasceu nos Estados Unidos, mas representará o país de coração do pai dele, numa competição justamente na terra dos avós.

“Agora parece coisa do destino, é como se todas as peças estivessem se encaixando: representar o Brasil enquanto treinava na América e ter a oportunidade de competir no YOG na Coreia, onde tudo começou”, disse Lucas.

E continuou: “Sinto que, de certa forma, estou vivendo os sonhos de meus ancestrais que trabalharam tanto para dar uma vida melhor para seus filhos. Levo essa honraria com muita gratidão”.

Lucas teve importante incentivo de Larissa Paes, patinadora brasileira em pista longa, depois de uma competição em Salt Lake, para defender o Brasil.

Depois, a Confederação Brasileira de Desportos no Gelo (CBDG) auxiliou com a filiação na União Internacional de Patinação (ISU, na sigla em inglês).

FOTO: Lucas Koo (Divulgação | COB)

Gangwon 2024

O atleta brasileiro estreou no circuito internacional nesta temporada após atingir as marcas necessárias no torneio classificatório dos Estados Unidos, em setembro de 2022.

Depois, ele disputou uma etapa da Copa do Mundo e o Four Continents, ambos em Salt Lake City. Neste último torneio, foi o 16º nos 1500m.

No Mundial Júnior da modalidade, realizado em Dresden, na Alemanha, conseguiu 86 pontos no ranking especial criado pela ISU para determinar os classificados aos Jogos Olímpicos de Inverno da Juventude Gangwon 2024.

Ele foi 25º nos 1000m e 26º nos 1500m, provas em que avançou até a repescagem semifinal. Nos 500m, sofreu uma punição logo nas preliminares e ficou em 68º.

Ele precisava ficar entre os 34 melhores do ranking para conseguir a vaga e acabou na 22ª colocação, um feito que ele esperou até o último minuto para comemorar.

“Embora meu treinador e outras pessoas tenham tentado me dizer que eu tinha me qualificado para o YOG não quis acreditar até receber o aviso oficial. Foi difícil esperar uma semana inteira para descobrir”.

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