Popularmente conhecida como “redução de estômago”, a cirurgia bariátrica é um procedimento eficaz, desenvolvido para facilitar a perda de peso em pessoas com quadros avançados de obesidade. O procedimento muda o formato original do estômago, reduzindo sua capacidade de receber alimentos e dificultando a absorção de calorias.
Após a realização da bariátrica, a perda de peso acontece mais rápido até em pessoas com metabolismo lento ou outras condições que dificultam esse processo. Entretanto, profissionais da saúde alertam: a operação sozinha não faz milagres. Para ver o resultado na balança, os exercícios físicos são indispensáveis.
Esse foi o caso de Claudine Bezerra de Melo Góis, que, apesar de frequentar a academia desde os 15 anos, precisou recorrer à bariátrica em 2013 para vencer o sobrepeso. Hoje, com 46 anos e 23 quilos a menos, a potiguar vê o procedimento como o primeiro passo em direção a uma vida mais saudável. “Depois da cirurgia se vive muito bem, e, se manter os exercícios regulares e não sair do limite na alimentação, você não engorda mais”, afirma.
Em apenas um mês de pós operatório, Claudine já havia voltado aos treinos na academia. Conforme a experiência de 16 anos atuando como cirurgião bariátrico, o doutor André Luis Costa Barbosa, que também é membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica, confirma que a agilidade em voltar à vida ativa é crucial quando falamos sobre esse procedimento.
“Sempre reforço com meus pacientes que o movimento é tudo no pós operatório. Normalmente, em 15 dias já é recomendado o início de atividades aeróbicas leves, como a caminhada. Seguindo o ritmo, no fim do primeiro mês o paciente já está pronto para atividades envolvendo treinos de resistência e força”, explica André.
Nessa fase de adaptação à nova rotina de treinos, o profissional da educação física Bruno Silva Mendonça, conta que a musculação deve ser a atividade prioritária. Personal na academia Bodytech Tirol, Bruno reitera a importância de acompanhar de perto alunos que realizaram a bariátrica, a fim de aumentar gradativamente a intensidade de treinos.
“Visto que haverá uma perda de peso significativa, a musculação ajuda a queimar a massa gorda e manter a massa magra. Nesse momento entra o treinamento de força, que potencializa e de certa forma coordena o emagrecimento para que ele avance de forma sustentável e mais saudável”, conclui.