Melhores do breaking mundial competem no RJ

FOTO: Divulgação | CNDD

O Rio de Janeiro será palco a partir desta sexta-feira (14) de uma das mais importantes competições do circuito mundial de breaking, que estreará como esporte olímpico nos Jogos de Paris 2024.

Pela primeira vez o Breaking for For Gold Series – etapa do circuito internacional – reunirá os melhores do mundo na América Latina.

O evento no Parque Olímpico, na zona oeste do Rio, reunirá 300 B-Boys e B-Girls, como também são chamados os atletas de breaking: um tipo de dança de rua, que envolve saltos, giros e acrobacias, ao som de ritmos musicais variados: hip-hop, funk, soul e jazz, entre outros).

O evento, com entrada gratuita, irá até este sábado (15), na Arena Carioca 2.

Federação Internacional de Dança Esportiva

Organizada pela Federação Internacional de Dança Esportiva (World Dance Sport Federation- WDSF), a competição é uma das que mais pontuam para o ranking mundial, que será fechado no fim do ano: os 14 primeiros colocados em cada gênero (feminino e masculino) avançarão à disputa classificatórias olímpica em 2024.

Também chamada de Olympic Qualification System (OQS), a classificatória distribuirá 14 vagas para os Jogos de Paris. Além de brasileiros, o evento reunirá atletas dos Estados Unidos, Canadá, Japão, Coreia do Sul, China, França, Países Baixos, Ucrânia, Espanha, Cazaquistão e Colômbia.

Entre as estrelas mundiais na edição do Breaking for Gold Series no Rio está o canadense Phil Wizard, campeão mundial no ano passado, e o cazaque B-Boy Amir, campeão da primeira etapa do circuito, realizada em fevereiro, em Kitakyushu (Japão).

Outros expoentes na competição masculina são B-Boy Lussy Sky (Ucrânia) e o B-Boy Xak (Espanha). Na disputa feminina, as atletas mais cotadas para o título são a B-Girl India (Países Baixos), campeã europeia, e duas grandes rivais japonesas: B-Girl 671 (vice-líder do ranking) e B-Girl Ami.

“Depois do Mundial e do Continental da categoria, que dão vaga direto [para Paris 2024], os World Series são as principais etapas de ranqueamento para B.Boys e B.Girls que querem estar em Paris em 2024 e o Brasil vai sediar um deles. Estamos muito felizes pelo privilégio de receber em casa este evento e os atletas mundiais em busca do sonho olímpico e, claro, torcendo muito para o nosso Time Brasil”, afirmou José Bispo de Assis, diretor técnico de breaking do Conselho Nacional de Dança Desportiva (CNDD).

Seleção brasileira

O Brasil terá seis atletas (masculino e feminino), entre 19 e 35 anos de idade, na luta pelo título na etapa do Rio.

Entre os B-Boys estão o paulista Luan San (campeão brasileiro), o paraense Leony, e o mineiro Rato EVN. Na disputa feminina, a seleção conta com a mineira Nathana, a paraense Mini Japa e a paulista Toquinha.

“Estar neste campeonato é muito importante para mim, pois estou representando um grupo, a comunidade onde eu moro, o Brasil. É uma chance que tenho para mostrar o resultado dos meus treinos. Vou para cima para buscar os pontos que preciso para estar [nas classificatórias] de 2024”, projeta a B-Girl Toquinha, que conheceu o breaking por meio em projeto social, em Perus, distrito localizado a cerca de 27 quilômetros da capital paulista.

De olho em Paris

Depois do êxito brasileiro na estreia do skate e do surfe na Olimpíada de Tóquio – no mar asiático o país faturou ouro com Ítalo Ferreira, e nas pistas foram duas pratas com Rayssa Leal e Kelvin Hoefler – não parece irreal a expectativa por medalha no debut do breaking nos Jogos de Paris.

Os Jogos terão apenas 32 atletas (homens e mulheres) da modalidade. Cada comitê olímpico nacional terá direito a apenas quatro vagas (duas por gênero). O principal critério para o atleta brigar por uma vaga olímpica do breaking em Paris é ter nascido até 31 de dezembro de 2008.

Agência Brasil

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